MASP Museu de Arte de Sao Paulo

Se Não Neste Tempo

19 Sep 2010 - 30 Jan 2011

Neo Rauch, October, 2009, oil on canvas, 250 × 300 cm. Courtesy Eigen + Art Berlin
SE NÃO NESTE TEMPO
Pintura Alemã Contemporânea: 1989-2010

A pintura produzida nas duas últimas décadas na Alemanha reunificada, pós-Muro, chega ao Brasil em setembro, em meio à Bienal Internacional de Arte de SP. Se Não Neste Tempo – Pintura Alemã Contemporânea: 1989-2010, especialmente concebida para o MASP pelo curador Teixeira Coelho e pela brasileira radicada na Alemanha Tereza de Arruda, traz 83 obras de 26 expoentes da arte produzida em Berlim, Leipzig, Dresden, Hamburgo, Düsseldorf, Munique e Karlsruhe.

A apresentação é do curador Teixeira Coelho:
A pintura continua viva e firme. Depois de ter sua morte anunciada e celebrada inúmeras vezes, a pintura segue em seu caminho de excelência. A mais espiritual e imaterial das artes visuais, como disse Hegel, é ao mesmo tempo, a que mais resiste à impermanência de uma época tomada pelo virtual e, não raro, pelo descartável.

E nesse cenário de destaque ocupado pela pintura, a produção alemã contemporânea ocupa um indiscutível lugar privilegiado. Um passado exuberante aliado à permanência de um invejável sistema de formação de artistas, mais uma sensibilidade aguçada para o novo e a reformulação do velho, deram à pintura alemã contemporânea uma força única.

Essa dinâmica viu-se reforçada pela emergência de Berlim como um novo centro de atração para os jovens artistas de todo o mundo, depois da reunificação alemã, ao lado da manutenção de tradicionais focos de irradiação da pintura, como Leipizg.

Integrada por artistas que nasceram, a maioria, após a segunda guerra mundial, e pouco ou nada vistos no Brasil, esta exposição traz o melhor da pintura feita na Alemanha desde a queda do Muro em 1989. Esta é de fato a primeira exposição desse porte a reunir, na América Latina, tamanha variedade de nomes e estilos. Ao lado de artistas consagrados como Gerhard Richter e A.R.Penck, a mostra tem a presença de jovens talentos como Jonathan Meese, Tim Eitel, Albert Oehlen e Katherina Grosse, para citar apenas alguns, e conta ainda com obras daquele que é um dos mais destacados e discutidos hoje, Neo Rauch, que acaba de comemorar seus 50 anos com duas exposiçõies retrospectivas de porte em Leipzig e Munique. E inclui também alguns nomes da pintura da ex-Alemanha Oriental, como W. Mattheuer e W. Tübke, que estão na origem daquilo que hoje é uma peça forte da nova tendência alemã.

Todos os estilos e movimentos estão aqui representados, do abstrato ao figurativo passando pela estética “suja”, quase “de rua”, e pelo classicismo revisitado e altamente elaborado. São ao todo 83 obras, da autoria de Franz Ackermann, Werner Büttner, André Butzer, Tatjana Doll, Tim Eitel, Katharina Grosse, Eberhard Havekost, Bernhard Heisig, Anton Henning, Andreas Hofer, Jörg Immendorff, Martin Kippenberger, Markus Lüppertz, Michel Majerus, Wolfgang Mattheuer, Jonathan Meese, Albert Oehlen, A.R. Penck, Neo Rauch, Daniel Richter, Gerhard Richter, Thomas Scheibitz, David Schnell, Werner Tübke, Corinne Wasmuht e Thomas Zipp.

Curador Teixeira Coelho
 

Tags: Franz Ackermann, Werner Büttner, André Butzer, Tatjana Doll, Tim Eitel, Katharina Grosse, Eberhard Havekost, Bernhard Heisig, Anton Henning, Andy Hope 1930, Jörg Immendorf, Jörg Immendorff, Martin Kippenberger, Michel Majerus, Wolfgang Mattheuer, Jonathan Meese, Albert Oehlen, A. R. Penck, Neo Rauch, Daniel Rich, Gerhard Richter, Daniel Richter, Thomas Scheibitz, David Schnell, Werner Tübke, Corinne Wasmuht, Thomas Zipp